10.6.09

MILANO CALIBRO 9 (1972), de Fernando Di Leo

Como eu havia dito no post anterior, assisti, no fim de semana, a este espetáculo regido pelo Fernando Di Leo. MILANO CALIBRO 9 é um filme poderosíssimo, provavelmente o meu poliziesco favorito, e já nas cenas de abertura sente-se o peso da pancada: grupo de jagunço da máfia espancando, cortando e explodindo três indivíduos que participaram de uma transação de negócios cujo dinheiro desaparece misteriosamente. Onde foi parar a grana? Ninguém sabe. Mas suspeita-se que esteja com Ugo Piazza (Gastone Moschin), um sujeito que acabou de sair da prisão e jura pela sua mãe morta que não escondeu a mufunfa. A trama gira em torno deste pobre homem que quer apenas levar a vida na tranqüilidade, mas tem de prestar satisfações a um delegado (Frank Wolff) – que quer utilizá-lo como isca para atrair a bandidagem – e com o poderoso chefão mafioso (o americano Lionel Stander) – que só não o mata porque acredita piamente que o cabra escondeu o boró. E isso é mais que suficiente para que Di Leo construa seu pequeno épico poliziesco. Moschin está muito bem no papel do herói cheio de ambiguidade, mas quem rouba a cena é Mario Adorf, que lembra o Bruce Campbell um pouco mais gordo, ator impressionante que destrói num desempenho muito inspirado. Ele vive Rocco, o braço direito do chefão americano (que aliás, no filme é chamado de “Americano” mesmo). Fãs do cinema popular italiano ainda vão reconhecer várias figuras marcantes, como por exemplo o francês Philippe Leroy e claro, Barbara Bouchet, uma das mulheres mais belas que já pisou em frente às câmeras em toda a história do cinema! Ela vive o par romântico do protagonista, demonstrando que apesar da aparência de brutamonte cabeça dura, o sujeito é bem esperto. Ou não...

2 comentários:

  1. Excelente crítica, meu amigo. E Barbara Bouchet...ahh Barbara Bouchet! rsss

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  2. Cáspita, Ronald!!! Assisti esse filme pela primeira vez neste final de semana, em uma belíssima cópia do DVD da Raro italiana. Não sou um expert em poliziesco, mas esse é um filmaço! Em alguma coisa (na essência, talvez) me fez associar com os filmes do Pekinpah, em especial o "Alfredo Garcia". É seco, frio e brutal. E só. Mundo cão em sua melhor forma.

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