13.1.10

BIOHAZARD (1985), Fred Olen Ray

Filme de início de carreira de Fred Olen Ray, o homem por trás de uma porrada de bagaceiras deliciosas como HOLLYWOOD CHAINSAW HOOKERS e que possui no currículo mais 100 filmes como diretor. BIOHAZARD é uma mistura muito bizarra de sci-fi e terror, realizado de modo independente, com atores péssimos, produção tosca, mas com muita disposição em divertir um grupo específico de cinéfilos que adora os filmes que de tão ruins, tão mal feitos, se tornam ótimas diversões.

Às vezes prefiro sentar no sofá e desfrutar uma porcaria sem pretensão alguma, realizado sem orçamento, como é o caso de BIOHZARD, do que ir ao cinema ver esses filmes que se levam a sério, superproduções das quais foram investidos rios de dinheiro, mas não chegam aos pés de tranqueiras que não possuem preocupação em atrair um grande público ou ganhar o Oscar de efeitos especiais (nada contra a este tipo de filme também).


BIOHAZARD é um charme! Não são poucas as vezes que aparece um microfone nos cantos da tela, ou então algum assistente de produção querendo fazer um ponta onde não devia, entre outros momento de rachar o bico. Se há algum elemento de qualidade é o trabalho de maquiagem de Jon McCallum. O próprio Fred é maquiador, mas prefere deixar nas mãos de pessoas mais competentes este serviço fascinante e o resultado aqui é muito bacana.

Segundo o próprio diretor, BIOHAZARD é uma espécie de episódio da série de TV Outer Limits combinado com bastante gore em efeitos de maquiagem. O filme é sobre uma experiência em um laboratório que dá errado, liberando uma criatura de outro mundo que causa o terror na cidadezinha onde o filme se passa. Genial a cena em que um mendigo pendura um pôster do filme ET, do Spielberg, encontrada no lixo, e a criatura, na primeira oportunidade que tem, rasga e pisa em cima! hahaha

A criatura, só para constar, tem o tamanho de um garoto de cinco anos. Na verdade, quem estava dentro da fantasia era realmente um garoto de cinco anos, o filho de Fred, segundo me informou o Osvaldo Neto, maior especialista em Fred Olen Ray e Jim Wynorski que eu conheço. No elenco, um bando de desconhecidos que devem ser amigos do diretor, exceto a exuberante Angelique Pettyjohn, já velha conhecida desde os produtos B do fim dos anos 60. Tenho certeza que os cuecas de plantão vão gostar de algumas cenas com ela exibindo seus belos atributos mamários...

4 comentários:

  1. Desconheço este... Biohazard que conheça, só mesmo a banda hardcore americana!

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  2. Estamos na mesma sintonia. Adoro esse filme, já vi umas 20 vezes (nem preciso dizer que na primeira vez eu odiei, né?), e acho um dos melhores do Olen Ray. Inclusive estou escrevendo um artigo para a Boca do Inferno. Tive a oportunidade de conversar com o diretor via e-mail e ele me disse que vai dirigir Biohazard 3 em breve (o 2 foi feito por outro diretor).

    Em tempo, adoro a cena do monstro destruindo um pôster do ET, o namorado entrando de roupa na banheira com a namorada (e só então lembrando que deixou a solda acesa) e os toscos erros de filmagem no final, quando se percebe claramente que o Aldo Ray está completamente mamado!

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  3. Haha, é verdade! Os erros do final são demais.

    E agora fiquei ansioso pelo artigo...

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  4. Delícia de filme. Esses tempos não voltam mais... uma amiga passou a fita dela da América Vídeo pra DVD e me enviou uma cópia. A fita inteira, com aquelas vinhetas históricas e trailers que só fizeram deixar a experiência com um clima ainda maior de nostalgia. Coisa linda. Vou fazer de tudo para rodar esse DVD numa sessão gratuita aqui em Recife.

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